No último Foro Econômico Mundial em Davos, no Vale do Silício, no Brasil e no Planeta, a Revolução 4.0 é um dos temas mais comentados quando a pauta é o futuro. Mais do que isso, há uma corrida mundial pela liderança do 4.0, com Alemanha, China Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul investindo alto para produzir mais e melhor com as novas tecnologias.

Mas o que é a Revolução 4.0?
Simplificando muito, é a quarta revolução industrial, que chega transformando completamente as atividades empresariais, com o uso de tecnologias como robótica, internet das coisas, inteligência artificial e Big Data no processo produtivo.

Mas não são apenas os processos industriais e os empregos tradicionais que sentirão as mudanças da Revolução 4.0.

A vida cada vez mais 4.0
Já estamos descobrindo todos os dias novas formas de relacionamento e de consumo, com a automação entrando pouco a pouco nas nossas casas, nos veículos, acompanhando nossos passos distraídos via nossos inseparáveis smartphones.

As informações chegam às nossas telas numa velocidade arrasadora, como se fôssemos processadores de informação ultrarrápidos e conseguíssemos assimilá-las instantaneamente. As máquinas, por sua vez, aprendem rapidamente quem somos, o que queremos e consumimos, rastreando nossa trajetória online.

Mas será que queremos ser tratados como dados?
Com certeza é muito bom quando surgem produtos e serviços disruptivos, que combinam machine learning (aprendizado de máquina) e dados para melhorar nossa vida.

Contudo, na maior parte das vezes, somos alvos de mensagens automáticas que podem até estar dentro de um contexto, mas não conversam com nosso jeito de ser.

Do que adianta saber tudo sobre seu cliente e não usar essas informações com sensibilidade e inteligência? Pessoas gostam de falar com pessoas, de serem conhecidas e reconhecidas, de ter sua identidade respeitada e valorizada.

Construir relacionamentos, contar histórias, ser relevante na vida do seu cliente requer muito mais que dados. Requer cuidado, atenção, cumplicidade e presença. Afinal, mesmo vivendo em meio à Revolução 4.0, continuamos humanos, demasiadamente humanos, como diria Nietzsche.