Em tempos de quarentena, estamos sendo levados a buscar o valor essencial de todas as coisas: a convivência em família, a valorização da liberdade, o cuidado com a sua vida e com a vida do outro. Será que não é hora também de se retornar à essência do marketing e da propaganda?

Antes mesmo da pandemia, o mercado já começava a dar sinais de preocupação com o excesso de anúncios e a queda na confiança do público em relação à propaganda. No começo do ano, a ISBA, entidade dos anunciantes britânicos, e a Advertising Association lançaram um relatório com algumas propostas para melhorar a experiência do público com a publicidade. Keith Weed, Presidente da Advertising Association, abre o documento com uma provocação: “uma marca sem propaganda é apenas um produto e a propaganda sem confiança é apenas barulho”.

Neste mesmo relatório, as duas entidades destacam ações essenciais para reconstruir a confiança dos consumidores na publicidade. No lado das agências, o plano de ações inclui reduzir o bombardeio de anúncios, diminuir o retargeting, mostrar que a privacidade de dados importa e que a publicidade pode direcionar mudanças na sociedade. Pelo lado dos anunciantes, em termos gerais, o objetivo é fazer a publicidade voltar a ser bem-vinda na vida das pessoas e ter um maior controle de onde sua publicidade será inserida e qual a real visibilidade obtida.

 Taí uma ótima reflexão para se fazer neste momento em que a sociedade como um todo está revendo seus conceitos. Será que as marcas não devem ser mais fiéis aos seus valores e ao seu público, em vez de buscar exposição e notoriedade a qualquer custo? Diz aí o que você pensa sobre isso.